Cinco decisões que podem estabelecer sua felicidade conjugal e familiar.
1. Comece por você
Somos o que fazemos,
mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos. Eduardo
Galeano
Ao que tudo indica, o
pensamento original foi de Platão, que disse: “Tente mover o mundo, : o
primeiro passo será mover a si mesmo”. A partir de um pensamento como esse,
muitas frases surgiram com o mesmo intuito de mostrar a mesma verdade: não
adianta querer mudar os outros se quando nós mesmos precisamos de mudanças. E o
resultado da nossa própria mudança é que as pessoas notarão que não somos mais
como antes e perceberão que elas mesmas também precisam de uma “reciclagem”. É
assim que as mudanças acontecem.
Aplicando essa máxima
ao nosso tema, quero formular a primeira decisão que devemos tomar para
estabelecer a felicidade dentro do nosso quadro conjugal e familiar: decida ser
um agente de mudanças na sua família.
O que estou propondo
é um plano de em longo, longo prazo. Decida ser, não apenas estar
temporariamente promovendo uma mudança aqui, outra ali… Decida ser,
definitivamente,mente, permanentemente, como resultado de uma mudança na sua
disposição interior, mental, emocional, volitiva. Isso é mais consistente do
que ter um comportamento aqui outro acolá; isso é mais consistente do que fazer
uma coisa certa hoje e outra amanhã. Decida ser e ser sempre uma pessoa em
constante processo de melhoria e não espere pelo que isso fará na vida do
outro; concentre-se em você, foque numa transformação que irá melhorará a sua
condição, as suas disposições, o seu estado permanente consigo, com Deus e com
o próximo. Decida ser.
Diante de um momento
decisivo frente ao numeroso povo de Israel, a palavra de Josué foi radical no
sentido que estou propondo aqui: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”.
Guarde esta frase no seu coração: Seja o modelo de da mudança que você quer ver
na sua família. Que as pessoas vejam em você a mudança que você espera ver na
sua família.
Não espere as
mudanças acontecerem aqui ou acolá por livre obra do destino. Não, as mudanças
começam em nós, internamente, lá no mais íntimo do nosso próprio ser, depois de
muita reflexão, depois de muitos conflitos internos e pessoais, depois de muita
relutância, silenciosa, mas frutífera, positiva e desejável.
Não imagine que as
grandes mudanças na vida das pessoas acontecem num em um estalar de dedos.
Quando alguém toma uma decisão de mudar a si mesmo, ela sempre é precedida de
uma erupção interior. Depois é que vemos o resultado, pronto, acabado, e
ficamos fascinados; mas o processo interior é uma obra que nós testemunhamos.
Veja como foi o
processo de mudança no contexto social de Josué. Como aquela multidão foi
levada a tomar uma decisão acertada diante do Senhor? Começou com a decisão do
próprio Josué.
Primeiro começa conosco, – e eu e a minha casa. Então, mais
adiante, essa decisão irá influenciará aos aqueles que estiverem à nossa volta.
Não espere a mudança no outro sem que antes ela tenha acontecido ema você;
comece a mudar para que você se torne um agente de mudança.
As mudanças
interiores em nós acontecem, mas elas podem ter início quando observamos o que
está além de nós. Por isso, esteja aberto para aprender com outras pessoas, com
pessoas que sabem mais do que você e podem acrescentar virtudes a à sua vida,
ao seu modo de pensar, ao seu comportamento.
Eu costumo ficar
muito atento a isso. Lembro-me que há um tempo fiquei hospedado em Manaus, na
casa de um pastor, por uns dez ou doze dias. O Douglas e a Letícia eram
pequenos e o Pedro nem era nascido. Eu fiquei impressionado com aquela família
que nos hospedou. Que delicadeza daquela mãe com a sua família. Que serenidade
daquele pai. Que postura daquela família diante de nós, das pessoas, do seu dia
a dia. Fiquei impressionado!
Quando hospedamos
alguém por um ou dois dias, se há algo para ser escondido, é possível esconder;
dois dias passam rápido. Dá para mostrar só “a fachada”, como dizemos. Mas
quando alguém fica exposto por três, quatro, cinco dias, uma semana, não dá
para enganar todo mundo por muito tempo.
Eu percebi que aquela
família era daquele jeito, e não tinha assumido um papel; eles não
“representavam”.
Eu chamei à parte o
pastor que nos hospedou e disse: “Rapaz, que família maravilhosa, que ambiente
agradável, que casa abençoada. Passa para mim a receita? O que você fez para
ter um casamento assim? O que você fez e faz para ter filhos assim?”.
O respeito dos filhos
para com o pai e com a mãe era exemplar. A confiança dos filhos também. O jovem
enfrentava uma crise com a sua namorada, e o pai é quem deu conselhos a ele.
Ele Aquele pastor
atendeu ao meu pedido. Sentamo-nos e ele começou a me ensinar. Ele disse:
“Josué, eu vou dizer para você como eu criei os meus filhos!”. E aos poucos ele
foi passando a receita de como ter uma família com aquele nível de respeito, de
integridade, de relacionamento maduro e amoroso.
Eu peguei aquelas
lições para mim e pensei: “Eu vou ser o primeiro a praticar isso”. E falei com
a minha esposa. Eu disse a ela: “Nós vamos praticar isso e a nossa família será
diferente”.
Hoje nós vemos os resultados. O Brasil todo vê os resultados, graças
a Deus.
Por isso, eu afirmo
com segurança no que faço: Tenha sede de aprender com quem sabe mais do que
você.
Se você, leitor, for
um marido, aproveite: Quando encontrar um marido que inspira algo bom, pague um
almoço a ele e pergunte: “Ensina para mim qual é o seu segredo?”.
Se você, leitora, for
uma esposa, quando encontrar outra esposa que inspire você em algo positivo,
convide-a para um chá e “parta para o ataque”. P; pergunte: “Qual é o seu
segredo?”.
Se vocês são pais e
querem ver o relacionamento com seus filhos mudarem, quando encontrarem pais
que inspiram a vocês, chame-os, passem meio dia, um dia inteiro com eles e
digam: “Ei! Ensinem-nos como é
que vocês conseguiram esse nível de relacionamento e compromisso de com seus
filhos?”.
Tenha fome de
aprender, porque é aprendendo com as experiências de outros que nós mudamos a
nossa maneira de ser, e é assim que somos transformados. O contato social com
pessoas, com famílias, grupos e culturas diferentes da nossa enriquece a nossa
própria experiência e modela o nosso modo de agir. É por meio desse contato, e
do conhecimento de ações que estão dando certo, que passamos por transformações
pessoais.
Quando eu observo o
modo de agir de uma pessoa que faz coisas semelhantes às minhas, percebo o
resultado que ela está obtendo e posso comparar se o modo adotado pela outra
pessoa dá mais resultados que o meu modo de fazer as coisas. Aqui está o ponto:
as pessoas orgulhosas não conseguem admitir que outras façam coisas com
melhores resultados do que elas. As pessoas soberbas não reconhecem a
necessidade de mudar o seu próprio jeito de agir, de falar, de conduzir a sua
própria vida em função de uma melhora que poderá beneficiá-las e beneficiar a
sua própria família.
Se esses forem
problemas que você enfrenta, vença o orgulho! Vença a soberba! Vença a
presunção! Vença a mania de pensar que você sabe mais que todos à sua volta!
O grande filósofo
grego Sócrates disse: “Tudo que sei é que nada sei”. Quem pensa que sabe tudo,
não sabe como convém saber! Então, comece a mudança por você!
O que está em jogo
aqui é a sua felicidade, a felicidade conjugal que você espera e a felicidade
da sua família. Não estamos tratando de coisas de pouco valor, nem de coisas
efêmeras, passageiras. Na pauta estão você, seu cônjuge e sua família de um
lado e, do outro lado, a felicidade que poderá permear a vida de vocês para
sempre. Toda mudança vale a pena quando temos diante de nós a possibilidade de
sermos felizes e de levarmos felicidade para a vida dessas pessoas amadas.
A nossa resistência a
mudanças ocorre quando não temos segurança sobre o melhor que está por vir.
Resistimos ao desconhecido, e isso é natural a todo ser humano. Mas resistir a
à possibilidade de ser feliz não é uma atitude normal para o ser humano, nem mesmo
aos animais, se permite a comparação. Você e sua casa serão mudados,
transformados, você e sua casa viverão dias melhores, você e sua casa serão
felizes, mas a mudança começa por você.
Pr.
Josué Gonçalves
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